Na manhã desta segunda-feira (3), começou a
semana do Meio Ambiente do Tribunal Regional do Trabalho de Pernambuco
(TRT PE). Foi na sala de Sessões do Pleno, que os três palestrantes -
Deyse Mendes, Ana Lylia Guerra e Renatto Marcello Pinto -apresentaram e
debateram com os presentes as novas diretrizes das contratações
públicas, que atualmente também precisam seguir requisitos de
sustentabilidade.
A promoção do desenvolvimento sustentável está prevista na Lei 8.666,
código de licitações e contratos da Administração Pública, desde 2010,
com regulamentação que veio em 2012, com o Decreto 7.746.
Atualizada com a nova demanda, o Poder Judiciário do país editou no ano
passado um guia de contratações a ser seguido pelos seus órgãos. Para
sua criação, houve a participação de diversos Regionais, com o intuito
de manter a isonomia entre os estados e entender circunstâncias próprias
de cada região. Renatto Marcello Pinto e Ana Lylia Guerra são os nossos
representantes no fórum nacional concebido pelo Conselho Superior de
Justiça do Trabalho (CSJT), para condução dessas práticas sustentáveis.
Ao longo das palestras, ressaltou-se que a sustentabilidade deve ser
entendida em sentido amplo, não só com o uso consciente de energias e
produtos de baixo impacto ambiental, mas como uma forma de promover o
bem-estar geral, abrangendo inclusão social, valorização da economia
local, estudos e aplicação de ergonomia, entre outros.
Deyse Mendes ressaltou que um bom planejamento é o ponto-chave dessa
política. No momento de contratação do produto ou serviço, é preciso que
seja analisado não só o aspecto econômico, mas também o impacto social e
ambiental. Uma licitação sustentável deve primeiro identificar se há
real necessidade da compra - se materiais já existentes no órgão podem
ser reaproveitados ou consertados - caso a aquisição seja de fato
exigida, deve-se analisar se o ciclo de vida do produto ou serviço está
de acordo com os requisitos, ou seja, é preciso averiguar os critérios
de produção, de transporte e descarte, o administrador público pode
exigir certificados que garantam que o fornecedor respeitou as normas.
Ana Lylia Guerra ressaltou que embora produtos e construções
sustentáveis sejam, em regra, mais caros, trazem benefícios a médio e
longo prazo para administração, pois possuem durabilidade maior e podem
ser reparados e aperfeiçoados com maior facilidade, evitando assim o
descarte precipitado. Isso incitou um debate, do qual se conclui que os
diversos setores da Administração Pública precisam estar em harmonia com
os princípios de sustentabilidade.
O encerramento ficou por conta de Renatto Marcello Pinto. Nessa
quarta-feira será o dia da comemoração dos 3 anos da Feira Orgânica, com
distribuição de sacolas retornáveis no estacionamento do Tribunal.
Os slides da palestra podem ser acessados por meio do link abaixo:
https://docs.google.com/file/d/0B6Eb2a6Nl94uWHRCcEhiRXJUY28/edit?usp=sharing
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