terça-feira, 22 de março de 2011

ARTIGO: Era uma vez, o Dia Mundial da Água.

A Agenda 21 foi um dos principais resultados da conferência Eco-92 ou Rio-92, ocorrida no Rio de Janeiro, Brasil, em 1992. É um documento que estabeleceu a importância de cada país a se comprometer a refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não-governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas sócio-ambientais.
Criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no ano de 1993, o dia 22 de março é o Dia Mundial da Água, de acordo com as recomendações da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, contidas no capítulo 18 (Recursos hídricos) da Agenda 21. Para as atividades na data, no ano de 2011, a ONU propôs o tema: “Água para as cidades: respondendo ao desafio urbano”, alertando para os impactos negativos da expansão desordenada das cidades, das mudanças climáticas e da industrialização sobre os recursos hídricos.
Nosso Planeta Água (Terra) tem dois terços de sua superfície formada por esse precioso líquido. É muita essa quantidade, ao mesmo tempo, pouca, muito pouca, pois apenas 0,008% do total dessa água de nosso planeta é potável, própria para o consumo.
Além do mais, sabemos, que grande parte das fontes desta água (rios, lagos, represas), como também das águas dos oceanos estão sendo contaminadas e degradadas, poluídas pela ação predatória do homem. No Japão, a água que trouxe a destruição pelo terremoto e tsunami, está sendo usada na tentativa de resfriamento dos reatores nucleares da Usina Atômica de Fukushima. Volta contaminada de forma líquida ao oceano ou é transformada em vapor, e esse, em outras partes do mundo, em chuva radioativa. É confirmada mais uma vez a teoria do efeito borboleta.
Efeito borboleta é um termo que se refere às condições iniciais dentro da Teoria do Caos. Este efeito foi analisado pela primeira vez em 1963 por Edward Lorenz. Conforme a cultura popular, na teoria apresentada, o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo.
No dia 22 de março de 1993, a ONU também divulgou um importante documento: a “Declaração Universal dos Direitos da Água”. Este texto apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água.
Nos dez artigos da “Declaração Universal dos Direitos da Água”, ela é tratada como patrimônio, seiva, herança dos nossos predecessores e sobretudo um empréstimo aos nossos sucessores, é, um dos direitos fundamentais à vida, onde cada cidade, cada cidadão é responsável aos olhos de todos.
Mas como devemos comemorar esta importante data? Não só neste dia, mas também nos outros 364 dias do ano. Escolho como exemplo, um dentre tantos outros, precisamos resgatar e transformar como nossas, em nosso dia-a-dia, as atitudes do saudoso ambientalista Alcides Tedesco (Movimento Salve o Capibaribe). Sugestões não faltam: não jogar lixo nos rios e lagos; economizar água nas atividades cotidianas (banho, escovação de dentes, lavagem de louças etc); reutilizar a água em diversas situações; respeitar as regiões de mananciais e divulgar idéias ecológicas para amigos, parentes e outras pessoas.

Na Igreja Católica, no Brasil, o Tema da Campanha da Fraternidade deste ano é, “Fraternidade e a Vida no Planeta”, e o lema,” A criação geme em dores de parto”. O objetivo geral dessa campanha é contribuir para a conscientização das comunidades cristãs e pessoas de boa vontade sobre a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas, e motivá-las a participar dos debates e ações que visam a enfrentar o problema e preservar as condições de vida no planeta.
E no ser cristão, é invocando o Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, pelo Sacramento do Batismo, pela água em nossas cabeças, que chegamos a Deus, independentemente da fé pessoal, e imergir "na morte de Cristo e ressurgir com Ele como nova criatura".

Finalizando, extraído da revista biográfica "Crônicas de los Tiempos" de Abril de 2002, o trecho do texto: “Carta Escrita no Ano 2070”: “Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem, descrevo o bonito que eram os bosques, lhe falo da chuva, das flores, do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse, o saudável que era a gente. Ela pergunta-me: Papá! Porque se acabou a água? (...) Como gostaria de voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto quando ainda podíamos fazer algo para salvar ao nosso planeta terra!”. Era uma vez, o Dia Mundial da Água.


Joaquim De’Carli de Paula
Leiloeiro Oficial

Obs: texto publicado no Jornal Primeiro Lance, Edição 531(Classe dos leiloeiros)

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