terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Estudo aponta que Brasil terá Copa mais poluente da história

Consultoria aponta que, durante o Mundial que vai ocorrer em 12 sedes do território brasileiro, deverão ser gerados mais de 3 milhões de tCO2e, maior índice já registrado.

Único país com cinco títulos da Copa do Mundo, o Brasil pode também entrar para a história da competição de outra maneira, não tão positiva quanto à marca anterior.

Segundo um estudo realizado pela consultoria Personal CO2 Zero, que analisa o impacto do Mundial na atmosfera através da emissão de tCO2e (toneladas de gás carbônico), o Brasil vai promover o evento mais poluente da história.

A pesquisa apontou que, durante a Copa que vai ocorrer em território brasileiro, deverão ser gerados mais de 3 milhões de tCO2e. Para se ter uma ideia, há dois anos, na África do Sul, o mesmo evento registrou 2,7 milhões tCO2e.

As viagens de avião, que serão o principal meio de deslocamento entre as 12 cidades-sede da Copa, foram apontadas no estudo como os principais fatores que contribuirão para o aquecimento global, sendo responsáveis por 60% dos gases emitidos enquanto o torneio acontece.

A medição ainda mostrou que alimentação (29%), deslocamento terrestre (7,2%), energia com estadias (1,9%), resíduos sólidos (1,5%), e infraestrutura dos estádios (0,5%), também terão grande peso no ranking de poluição.

Já entre as sedes, as capitais São Paulo, Salvador, Natal e Rio de Janeiro responderão por 56,7% das emissões de gás estufa, considerando apenas a construção dos estádios e investimentos em infraestrutura (mobilidade + aeroportos).

Pelo mesmo critério, a cidade menos poluidora será Recife, segundo o levantamento, com 1,4% das emissões, ou 104.793 tCO2e.

A consultoria utilizou como base de cálculo o consumo médio em MWh (Megawatt-hora) por assento, envolvendo os 10 estádios da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, projetando esta referência para as 12 arenas esportivas brasileiras, conforme capacidades e número de jogos.

Com isso, considerando o ciclo de vida como de 30 anos, o estádio do Castelão, em Fortaleza, foi apontado como o mais poluente na Copa de 2014, com 197,98 tCO2e.

Em seguida, Dunas, em Natal, com 153,18 tCO2e, e Mané Garrincha, em Brasília, com 139,24 tCO2e, completam a lista dos estádios mais nocivos ao meio ambiente.


Fonte: Universidade do Futebol

Colaborou: Sandra Dubeux - Gabinete Desembagador Pedro Paulo.

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